Prova: Sprint Huntersville

Pós training camp era hora de ajustar os treinos para a próxima prova. Não vou mentir: por um bom tempo consegui deixar o nervosismo e ansiedade de lado, o que me ajudou a me manter mais focado nas semanas pré prova.

A prova

Escolhida pela minha coach, a prova era mais um sprint, com algumas pequenas modificações em distâncias e ia acontecer em Huntersville, mais ou menos 45 minutos da onde estou morando Charlotte.

O percurso era:

A preparação

Tinha tirado dos ombros o peso e ansiedade de já ter corrido a minha primeira prova algumas semanas atrás, então o meu foco era treinar alguns pontos específicos que poderiam me ajudar.

Eu vinha me sentindo muito bem nos treinos, principalmente os de corrida. No entanto, logo após que voltei do training camp, mesmo com uma semana leve de treinos para recuperação, percebi que não vinha me sentindo 100% nos treinos, especialmente nos de alta intensidade.

Tentei ao máximo controlar todas as outras coisas que estavam ao meu alcance como sono, dieta e trabalho (organizei minha agenda ao máximo para poder fazer minhas pausas durante o dia para as refeições e para um dia ou outro que precisava ficar offline durante um tempo para resolver algo).

Em paralelo, na sexta-feira pré-prova (que ira acontecer no domingo) tinha o dia off de treinos e aproveitei para agendar uma sessão de quiropraxia e de massagem de liberação muscular para dar um jeito na carcaça. Após isso, era simplesmente relaxar e organizar as coisas para a prova.

A natação

Eu não sei ainda se gostei da prova ser dentro de uma piscina. Com certeza um ponto positivo era não ter que se preocupar com a navegação, que é um dos desafios em se nadar em águas abertas. No entanto, ficar mudando de raia foi um pequeno desafio e sim, bati minha cabeça em uma daquelas cordas que fazem a separação das raias.

O ciclismo

Saí da piscina meio tonto! Sim, mais que o normal! 😂 A princípio pensei que poderia ser por ter saído da piscina muito rápido e ter toda a mudança de direção do corpo, mas quando subi na bike percebi que não ainda não estava 100%.

O plano na bike era me divertir e fazer o máximo de força possível. Na parte da nutrição, assim que estivesse em um ritmo bom no pedal, tinha que começar a ingerir o combo que tinha na garrafa. Aí que veio o problema: mesmo antes de tentar começar a me hidratar, por algumas vezes eu quase vomitei. Mesmo assim, esperei alguns kms, respirei fundo e comecei a tomar pois sabia que senão me alimentasse poderia pagar o preço mais pro final da prova.

Apesar de tudo, estava conseguindo manter uma média legal acima dos 34 km/h. Aí que vem a cereja do bolo: mais pro final do pedal, comecei a sentir que precisava fazer cada vez mais força pra pedalar e manter a mesma velocidade. Na hora, claro, o que pensei foi que pelo fato de não estar me sentindo bem, não estava mais pesado, e sim, eu que não estava com a disposição e energia de sempre. Aí que eu eu me engano: algumas hora mais tarde, após a prova ter terminado, fui pegar a minha bike pra colocar no carro e adivinhem: pneu furado! Pedalei os últimos kms da prova com o pneu traseiro totalmente no chão (chuto que foram entre 2 e 3 kms).

A corrida

Aqui que mora a frustração da prova! Há algumas semanas vinha notando uma melhora na corrida: não que estava muito mais veloz, mas parecia que me sentia mais confortável ao correr. Coloquei uma meta agressiva, tentar termimar abaixo dos 22 minutos, o que pra muitos não é nada demais, mas pra mim seria um feito enorme.

No plano nutricional, precisava ingerir um gel entre o final do ciclismo ou na T2. Mas, devido ao fato de não estar me sentindo bem, decidi por não ingerir o gel e seguir. Comecei a prova num ritmo bem mais forte do que deveria, e esse e alguns outros erros que cometi, são tópicos que quero abordar em um próximo post.

T1 e T2 são termos que utilizamos para se referir à transição; 1 e 2 no caso, que respectivamente são quando você sai da natação e se organiza pra iniciar o ciclismo (1) e, quando você chega do trajeto do ciclismo, desde da bike e começa a se organizar para sair para a corrida (2).

Foi questão de minutos que como uma avalanche, meu corpo inteiro começou a reclamar: até a famosa dor de facão eu tive. Comecei a reduzir o ritmo até simplesmente não ter opção senão andar por alguns metros e tentar fazer um reboot da máquina. Passei por um posto de reabastecimento, peguei um copo de água, dei aquela respirada funda e comecei a pensar em tudo que tinha feito de treino nas úlimas semanas; estava ali pra me divertir mas queria dar o meu melhor, e foi aí que comecei a me senttir melhor e voltei a correr; até consegui ainda apertar um pouco o passo nos úlimos minutos.

No geral

O resultado foi muito melhor que imaginava: 19º geral e 1º na categoria estreantes. Feliz? Claro! Mas com a certeza que tem muito a se melhorar, especialmente nas transições e na natação. Agora é cabeça de volta nos treinos, começar a treinar mais o que preciso melhorar e já pensar na próxima.

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